quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ANATOMIA



ÓRBITA

Os ossos da órbita fornecem suporte e protecção para os tecidos moles orbitários
A órbita consiste em 7 ossos individuais, os quais se combinam para formar 4 paredes
envolventes: esfenóide, frontal, etmóide, maxilar, zigomático, palatino e ungüis.
Tem uma forma semelhante a uma pirâmide. O bordo orbitário é espesso e arredondado
na sua abertura anterior.
PAREDE SUPERIOR
Delgada
É o pavimento da fossa cerebral anterior, tendo a forma dum triângulo de base
anterior.
É formada pela:
- porção horizontal do osso frontal
- face inferior da pequena asa do esfenóide
Por fora e adiante, encontra-se a fosseta lacrimal, que aloja a porção orbitária da
gl.lacrimal .
Por dentro e adiante, encontra-se a fosseta troclear, onde se insere a poulie do
grande oblíquo.
PAREDE INTERNA
De trás para diante:
- porção lateral do corpo do esfenóide
- lâmina papirácea do etmóide
- unguís
- ramo montante do maxilar superior
Delimitam 2 cristas lacrimais: a goteira lacrimal, ligeiramente oblíqua para baixo
e fora, continuando pelo canal lácrimo-nasal.
PAREDE INFERIOR ( PAVIMENTO ÓRBITA )
Delgada e côncava para diante, repousando sobre o seio maxilar.
É fracturada facilmente nos traumatismos da face e órbita.
É formada pela:
- face superior do maxilar superior
- malar
-e atrás, pela face superior da apófise orbitária do osso palatino
É crivada, de trás para diante, pela goteira infra-orbitária, que após um trajecto
de 2 cm se converte em canal (dá passagem à artéria e nervo infraorbitário).
PAREDE EXTERNA OU TEMPORAL
Triangular, de base anterior.
É limitada, atrás, pela fenda esfenoidal e fenda esfeno-palatina (formada pela
grande asa do esfenóide, atrás pelo frontal, reunido à apófise orbitária do malar).
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PIRÂMIDE ORBITÁRIA
Quadrilátera, apresentando superiormente as apófises orbitárias frontais interna e
externa, e inferiormente o malar e o ramo montante do maxilar superior.
VÉRTICE DA ÓRBITA
2 oríficios :
- supero-interno ( canal óptico )
-infero-externo ( fenda esfenoidal )
BURACO ÓPTICO
Ovalado, na base da pequena asa do esfenóide, com 6 mm altura e 5 mm de
largura . Faz comunicar o andar anterior da base crânio e órbita e dá livre
passagem ao n.óptico e art. oftálmica, por baixo e por fora do nervo.
Por cima do buraco óptico, insere-se sobre o periósteo orbitário, o elevador da
pálpebra superior e por dentro, está a inserção do grande oblíquo.
Entre o buraco óptico e a porção larga da fenda esfenoidal, o tubérculo infraorbitário
dá inserção ao tendão Zinn.
FENDA ESFENOIDAL
- 2 cm comprimento e 2 mm de largura, sendo oblíqua para diante , cima e fora .
(ANEL ZINN)
de dentro para fora
- n.nasal ou naso-ciliar, que acompanha a raiz simpática do gânglio oftálmico
- MOE
-MOC
( FORA ANEL ZINN )
- n.patético
- frontal (2º ramo oftálmico Willis
-mais externo --n.lacrimal (3º ramo oftálmico Willis)
Os 2 seios venosos de drenagem órbita atravessam a fenda esfenoidal, por fora
do anel Zinn.
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ÂNGULOS ÓRBITA
ÂNGULO SUPERO-INTERNO
Entre o tecto da órbita e a parede interna, apresentando:
-o buraco etmoidal, que dá passagem aos vasos etmoidais anteriores e o filete
etmoidal do ramo nasal do ramo oftálmico Willis ou nervo nasal interno
- o buraco etmoidal posterior é mais pequeno, dando passagem aos vasos
etmoidais posteriores e o nervo esfeno-etmoidal Luschka .
ÂNGULO INFERO-INTERNO
menos bem delimitado
ÂNGULO INFERO-EXTERNO
Atrás está a fenda esfeno-maxilar, que é alongada, estreita posteriormente e
alargada anteriormente. Coloca em comunicação a cavidade orbitária com a
fossa pterigo-maxilar.
ÂNGULO SUPERO-EXTERNO
Adiante, o rebordo da apófise orbitária externa do frontal e atrás a porção
rectilínea e efilada da fenda esfenoidal.
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PERIÓSTEO ÓRBITA
É uma membrana fibrosa delgada e resistente, que reveste as paredes da órbita.
O periosteo constitui, para as partes moles, um verdadeiro saco perióstico,
entrando em relação com os folhetos profundos da duramáter.
Duplo pedículo
- supero-interno- que é a baínha do n.óptico .
- infero-externo - que é a bainha dos orgãos da fenda esfenoidal .
PEDÍCULO ÓPTICO
Representa o n.óptico embainhado desde o canal óptico num duplo folheto da
duramater (superficial e profundo) e entre os 2 caminha a artéria oftálmica.
PEDÍCULO ESFENOIDAL
Parece prolongar, no interior da órbita, a parede do seio cavernoso.
CONFORMAÇÃO EXTERIOR
A face superior é facilmente descolável, excepto ao nível do canal óptico.
A face externa é orientada para dentro e atrás, situando-se profundamente.
A face interna é fortemente inclinada para baixo e fora
A face inferior é oblíqua para baixo e fora, tendo como relação principal, o seio
maxilar.
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ESTRUTURAS DO CONE INTRAMUSCULAR
Forma dum cone, cuja base anterior responde ao globo ocular
N.ÓPTICO- Envolvido pelas 3 bainhas meníngeas, ocupando o eixo do cone
músculo-aponevrótico .
É longo(2 a 2,5 cm), com 2 sinuosidades :
-uma anterior, côncava para fora e outra
- outra posterior, côncava para dentro
ART.OFTÁLMICA - Cruza a face inferior do n.óptico, 5 mm adiante do
buraco óptico, depois contorna a face superior do nervo e dirige-se para diante,
dentro e cima .
GÂNGLIO OFTÁLMICO OU CILIAR - Alongado de diante para trás ,
Situado sobre a face externa n.óptico, 7 a 8 mm adiante do buraco óptico
(situado entre a art.oftálmica e o n.óptico) .
AFERENTES- ramo inferior 3º par- motor, para o n.pequeno-oblíquo
- ramo n.nasal - sensitivo
- plexo simpático pericarotídeo - simpático
EFERENTES - n.ciliares curtos ( 8 a 12 )
AO REDOR N.ÓPTICO
N. ciliares longos- ramos n.nasal
Artérias ciliares longas posteriores - interna e externa, penetrando a esclera 4mm
dum lado e doutro do nervo
Artérias ciliares curtas posteriores (10 a 20 ), formando o plexo vasculo-nervoso
de Valentim .
POR CIMA DO N.ÓPTICO
N.NASAL - no lado interno art. oftálmica, dando n.ciliares longos .
RAMO SUPERIOR 3º PAR - por baixo recto superior e por cima veia oftálmica
superior, dividindo-se em :
1) que inerva recto superior
2) que inerva o elevador pálpebra superior
VEIA OFTÁLMICA SUPERIOR - Tem um trajecto em baioneta, oblíqua para
trás e fora, colocando-se por baixo do recto superior, atingindo o seu bordo
externo e após se introduzir no seio cavernoso, atravessa a fenda esfenoidal, por
fora anel Zinn .
POR BAIXO N.ÓPTICO
VEIA OFTÁLMICA MÉDIA- proveniente recto interno e recto inferior
RAMO INFERIOR 3º PAR - dando 1)n.recto inferior e r.interno e 2) n.pequeno -
oblíquo .
POR FORA N.ÓPTICO
N.MOTOR OCULAR EXTERNO
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VÉRTICE ÓRBITA
CANAL ÓPTICO - n.óptico e artéria oftálmica
ANEL ZINN - n.nasal, 3º par, 6º par e raiz simpática gânglio oftálmico .
ESPAÇO PERIMUSCULAR
Compreendido entre o cone músculo-aponevrótico e as expansões palpebrais e
conjuntivais da aponevrose de Tenon e as paredes da órbita.
DENTRO - A parede interna do cone muscular está separada da parede da órbita
pela gordura orbitária .
FORA - Ao nível do ângulo supero-externo existem:
- n.lacrimal, que é o 3º ramo do n.oftálmico Willis
- a art. lacrimal, que nasce da art.oftálmica, à saída do buraco óptico
- veia lacrimal principal
POR CIMA - O elevador pálpebra superior constitui a relação principal da face
superior do cone músculo- aponevrótico . Adiante espalha-se em avental
tendinoso, cuja base responde à pálpebra superior onde termina.
N.FRONTAL, nascido do n.oftálmico Willis, que penetra a órbita pela parede
externa da fenda esfenoidal, por dentro do n.lacrimal e dividindo-se no frontal
interno e externo .
N.PATÉTICO, situado por dentro do n.frontal, cruzando a face superior do
elevador, antes de inervar o grande oblíquo.
ART. INFRAORBITÁRIA, atravessa o cone por dentro do elevador.
ART. LACRIMAL, emerge por fora do elevador e recto superior
RAMO DO 3º PAR, destinado ao elevador, insere-se entre o elevador e o recto
superior .
O 1º SEGMENTO DA VEIA OFTÁLMICA SUPERIOR, por dentro do recto
superior e elevador.
POR BAIXO
Separada do pavimento órbita, pela gordura orbitária. Encontra-se a artéria e
nervos infraorbitários e a veia oftálmica inferior.

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